Arcos, MG - Brasil

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante" (Albert Schweitzer)
"Eu sou a favor dos direitos animais bem como dos direitos humanos. Essa é a proposta de um ser humano integral". (Abraham Lincoln)

quarta-feira, 30 de junho de 2010

A audição de seu animal

No geral, cães não gostam de barulhos. Gritos, trovões, fogos de artifício e até os ruídos da construção vizinha atormentam o animal. Em época de Copa do Mundo, a preocupação dos donos destes animais aumenta.

Quais os cuidados especiais você deve ter nestas ocasiões?

Com o intuito de auxiliar o cuidado com os bichos de estimação, essas e outras questões foram postas à prova. Numa entrevista feita com o Julio Cesar Cambraia Veado, veterinário e professor de Clínica de Pequenos Animais na Escola de Veterinária da UFMG, alguns pontos foram esclarecidos.

O animal que, com frequência, vivencia comemorações de vitória com fogos e gritos pode sofrer problemas de saúde? Normalmente, diante dessa situação, os cachorros demonstram medo. Alguns animais, porém, têm uma reação mais exagerada, de pânico. “Cães com manifestação de desespero e medo exagerado devem ser avaliados, principalmente, na parte de comportamento. Entretanto, desconheço um animal que seja medroso a ponto de ser prejudicial para sua própria saúde”, garante. Os danos à saúde aparecem, portanto, quando eles, por impulso, tentam esconder-se em algum lugar, saltam um muro, pulam objetos maiores do que estão acostumados etc. Com essas atitudes, eles podem se machucar de alguma forma, mas o medo em si não traz nenhum problema ao animal.

Quando o cachorro ouve barulho de fogos e gritos pode tornar-se mais agressivo e oferecer perigo às pessoas ao redor? Os cachorros têm medo desse tipo de som. Eles não sabem interpretar o que é, mas têm a sensação de que podem ser agredidos. O medo traz uma reação de defesa que pode ser manifestada por recuo ou agressividade. Quando agressivos, portanto, podem causar danos aos indivíduos que se encontram perto dele. Contudo, tal atitude não é regra. “Essa é uma reação muito individual, não é assim para todos os animais”, garante o professor Julio Cambraia. “Geralmente, eles não apresentam manifestação de agressividade com outros animais ou pessoas”, completa.

Os animais possuem a audição muito mais aguçada que a dos humanos. Precisamos ter cautela e saber o que fazer nestas horas de pura agonia para nossos animais. Muitos fogem na hora do pânico e / ou acabam se acidentando.

Não deixe seu animal preso em coleiras ou correntes para que ele nao se enforque. É normal comportamentos como se esconder debaixo de camas e movéis. Feche o portão de casa, tente acalmá-lo e não o deixe sozinho.

Curiosidade:

A audição dos cães é bem superior à humana. Um cão consegue escutar um som 4 vezes mais longe que uma pessoa. Além disso, ele pode detectar a origem do som em apenas 6 centésimos de segundo, ou seja, 0,06 segundo.

Os cães também detectam sons de frequências menores e maiores do que as que a gente detecta. Assim, o intervalo da frequência do som que eles captam é bem maior que a do homem. Com isso, é possível usar apitos ultrasônicos para comunicar-se com o cão, sem que a pessoa escute. A frequência detectada pelo homem vai de 16 Hertz a 20.000; já a do cão, vai de 10 Hertz a 40.000.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cientistas dizem ter treinado cães para identificar câncer

Um grupo de pesquisadores franceses diz ter conseguido treinar cães da raça pastor belga Malinois para detectar câncer de próstata. Segundo os pesquisadores, os animais conseguem diferenciar os portadores da doença pelo cheiro da urina. As informações são do Live Science.

Segundo a reportagem, médicos do hospital Tenon, em Paris, treinaram os cães que identificaram corretamente 63 dos 66 participantes do treinamento. O experimento pode parecer estranho, mas os cachorros são conhecidos pela capacidade de seu olfato, 100 mil vezes mais apurado que o nosso, e utilizado para localizar drogas, explosivos e fugitivos da Justiça, entre outras coisas.

Segundo o líder da pesquisa, Jean-Nicolas Cornu, os cães conseguem "certamente identificar o odor da molécula que é produzida pelas células cancerígenas". De acordo com a reportagem, cientistas estão cautelosos com os resultados e afirmam que é necessário que os testes sejam reproduzidos para se ter certeza de seus efeitos. Além disso, os animais podem ter notado sugestões inconscientes dos pesquisadores sobre quais amostras era de pacientes com câncer e quais não eram - o que já ocorreu em outros casos de animais treinados.

Contudo, se a capacidade dos cães de detectar câncer de próstata for provada, ela poderá ser mais acertada que os atuais testes, que detectam altos índices de um antígeno específico e têm um alto nível de falsos positivos.

Por: redação Terra

Edifício da onda verde

Os vietnamitas estão saindo na frente quando o assunto é sustentabilidade ambiental em grande estilo. O complexo Everrich 2 já começou a ser construído no sétimo distrito da cidade de Ho Chi Minh. O projeto é, na verdade, uma grande empreitada arquitetônica de 630 mil metros quadrados, com 3,1 mil apartamentos, cada um com uma área entre 120 e 250 metros quadrados.


Além do design inovador, que lembra uma onda gigante ou uma montanha-russa e cria diferentes vistas para os futuros proprietários, a estrutura também é ecologicamente correta. O complexo contará com uma ventilação natural devido a sua forma ondulante, terá jardins ao ar livre, “green roofs” (vegetação plantada sobre o teto do prédio) e áreas sombreadas para garantir mais frescor.

Devido a sua arquitetura, o complexo também terá uma melhor distribuição da luz entre os ambientes. Tudo isso contribui para uma maior eficiência na utilização de energia. O formato de montanha-russa, aliás, parece estar em moda no Oriente: na Coreia do Sul, uma reserva ecológica também teve uma delas como inspiração.

O projeto do complexo Everrich 2, produzido pela DWP Architects, tem previsão de ser inaugurado em fevereiro de 2012.
 
por: Blog da Globo Rural

terça-feira, 22 de junho de 2010

Alunos procuram ONG para uma parceria em projetos

Alunos do colegio Dom Belchior com membros da ONG, Maria José e Marilene.

O aluno Tiago, do Colégio Dom Belchior, e seus colegas de classe ligaram para a ONG SAArcos na ultima quinta-feira demonstrando interesse em conhecer melhor os projetos e trabalhos desenvolvidos na cidade de Arcos.

Em uma reunião no sábado 19/06 apresentamos, entre outros, os projetos "Feira do Melhor Amigo" e "Castração de animais abandonados", do qual o primeiro já foi implantado e o segundo foi apresentado ao municipio, porém até o momento sem retorno dos responsaveis sobre sua viabilidade.

O Objetivo da "feira do melhor amigo" é tirar das ruas e conseguir um dono responsável para os animais abandonados. Quanto ao nosso projeto de castração, que hoje é o maior objetivo de concretização da ONG no municipio de Arcos, tem como objetivo principal a diminuição da superpopulação de cães nas ruas.

Os principais projetos que apresentamos aos nossos governantes demonstra nossa preocupação com o crescimento de cães nas ruas de Arcos. Acreditamos que esta interação junto aos novos voluntarios nos ajudará na conquista de nossos objetivos.

Obrigada mais uma vez aos jovens arcoenses com iniciativas positiva e construtiva.

Na midia: Cachorro é morto a tiros por militar

Uma família está indignada com o desfecho de uma ocorrência policial, realizada no último dia 29 de maio. Um cão da raça pit bull, de um ano de idade, foi morto a tiros por um militar, depois de ter fugido da casa onde era criado, no Planalto, e ter perambulado pelas ruas do bairro. A dona do animal acredita que o cachorro foi morto de forma cruel e violenta.

A costureira Rose Carolina Nascimento Ribeiro, de 26 anos, diz que o casal de cães da raça ‘Pit Bull’, que ela criava, fugiu enquanto ela foi a uma farmácia. “No sábado, eu tinha saído de casa para ir até a farmácia, com meu filho. Fechei o portão e tranquei os cachorros, como faço normalmente. Quando eu estava voltando, uma vizinha já veio correndo ao meu encontro e me disse para eu procurar a ‘Cleo’ (nome da fêmea), porque o ‘Brad’ (macho que foi morto), os policiais haviam matado. Esperei meu marido chegar do serviço e fomos procurar saber o que aconteceu direito”, diz.

Segundo a dona do animal morto, os militares alegaram que um dos cães agrediu uma criança, mas nenhum Boletim de Ocorrências foi registrado. “Os policiais falaram que o cachorro havia avançado e mordido uma criança e que a mãe dessa criança teria chamado a polícia. Mas só que não foi feito nenhum Boletim de Ocorrências e nem exame de corpo de delito na criança para constatar a agressão. Eu procurei saber se houve isso mesmo”, diz a dona dos cães.

Rose Carolina diz que o filho dela, de um ano e meio de idade, deu febre por causa da falta da morte do cachorro da família. “Eu peguei o ‘Brad’ quando ele tinha 40 dias de vida, e ele foi adquirido de uma médica veterinária, em São Paulo, onde morava. Assim que ele acabou de ser amamentado, já o levei para a casa. O meu filho de um ano e seis meses brincava sempre com o cachorro. Eu estou ficando na casa da minha mãe, porque se eu for para a minha casa, meu filho fica chamando pelo cachorro, e como o ‘Brad’ não aparece, ele chora”. Durante a entrevista, o filho da costureira ficou chamando pelo nome do cachorro, após ter visto a foto dele.

A dona dos cães diz que um vizinho tirou fotos do cachorro sendo sacrificado e que um dos policiais pediu para que ele apagasse a foto. “Eu tenho duas testemunhas, uma delas é um rapaz que tirou as fotos de um celular. Um policial, que não sei quem é, pediu que ele apagasse as fotos, então ele fingiu que apagou. Os vizinhos que testemunharam me disseram que os policiais prenderam o cachorro e perguntaram ao Jader (Pimentel) o que poderiam fazer com o cachorro, e ele disse que não tinha nada que poderia ser feito e que era para matar o animal”, conta.

A costureira fala que o cão dela foi morto na frente de crianças. “Eu conversei com uma testemunha e ela me disse que o cachorro foi morto na frente de crianças, no meio da rua. Foi uma morte cruel”, diz.
Segundo Rose Carolina, depois que ela decidiu entrar com uma ação para apurar as circunstâncias da morte do cão, ela foi informada que os cães agrediram as pessoas do bairro. “Agora estão (Polícia Militar) com desculpa de dizer que mataram meu cachorro porque ele teria agredido alguém. Eu não acredito nisso, porque eles tinham boa convivência até com pessoas desconhecidas”, fala.

A costureira diz que a forma que o animal dela foi morto não é correta e que vai entrar com uma ação na Justiça para apurar o caso. “Eu já me informei com um advogado, que se fosse para matar o animal teria que levá-lo para outro lugar, que não poderia ser no meio da rua. Já fui conversar com a promotora (Gislaine Testi Coleti), fiz um relatório e ela disse que vai averiguar. Eu quero justiça”, diz Rose, consternada com a perda do animal.

Cadela é atingida por tiro, mas consegue fugir

De acordo com Rose Carolina, a cachorra dela, que atende pelo nome de ‘Cleo’, foi atingida por um tiro, mas conseguiu fugir. “A ‘Cleo’ foi acolhida por um rapaz que ficou com medo dos policiais a matarem e, por isso, a escondeu na casa dele. Ela está com uma bala alojada no pescoço e precisa fazer uma cirurgia. Quero saber quem vai pagar por isso, porque meus cachorros não machucaram ninguém, só fugiram e ficaram andando pelas ruas”, diz.

Rose diz que o policial deu três tiros no cachorro. “O que fizeram foi um assassinato, uma crueldade. As pessoas que viram me contaram que eles (policiais) deram um tiro no pescoço do ‘Brad’, como ele não morreu, deram outro tiro na cabeça, e, por fim, atiraram no olho dele”.

Segundo a proprietária do animal, os vizinhos que presenciaram o cachorro ser sacrificado disseram que ele estava amarrado quando foi morto. “Os vizinhos me disseram que os policiais amarraram o ‘Brad’ para poder atirar nele, mas agora falam que o cachorro estava avançando nas pessoas. Se fosse avançar, os cachorros teriam ido contra os policiais que estavam atrás dele para matá-los”, acredita.

Rose Carolina conta que a morte do ‘Brad’ causou muita tristeza para a família dela. “Estou sentido muita falta dele. É muito triste chegar na minha casa e não ter mais ele por lá (...) Toda vez que chegava era uma festa. O ‘Brad’ corria atrás do meu menino e eu corria atrás dos dois. Era uma alegria”.

De acordo com a proprietária, os cães passeavam sempre com coleira e focinheira. “A gente tinha o hábito de passear com o cachorro. Sempre colocava a coleira e a focinheira, porque me falaram que a raça aqui tinha restrições (Rose mora em Arcos há pouco mais de um ano), daí meu marido comprou”, fala e enfatiza: “Vou até o final e não vou sossegar até eles serem punidos pelo crime que cometeram”, encerra.

Comandante da PM diz que ação foi realizada por medida de segurança

O comandante da Polícia Militar em Arcos, tenente César Henrique Bittencourt, diz que a ação policial foi realizada da forma que deveria ser feita. “Houve um chamado alegando que havia dois pit bull’s soltos na rua e que eles estariam avançando nas pessoas, inclusive em crianças. Como a cidade não dispõe do serviço de Corpo de Bombeiros e a ocorrência foi em um sábado, acabou sendo feito o policiamento ostensivo, sem o uso de equipamento para poder pegar o cachorro. Então foi feito o contato com o representante do setor de Zoonoses de Arcos, Jader Pimentel, para que ele fosse até o local apreender esses cães, como sempre é feito”.

Segundo o tenente Bittencourt, os cães estavam agressivos. “O próprio Jader (Pimentel) e os policiais que participaram da ocorrência disseram que os cães estavam agressivos. A Polícia Militar foi simplesmente para dar um apoio ao Centro de Zoonoses, e a decisão de o que fazer é dele (Jader). A decisão de sacrificar o cachorro foi dele (Jader). Os donos foram procurados por mais de duas horas de prazo e há um vídeo gravado em um comércio, no qual os animais aparecem agredindo algumas pessoas”, diz o comandante da PM, que até o dia da entrevista, ainda não havia assistido a esse vídeo.

Sobre a decisão de sacrificar o animal ter sido do representante do setor de Zoonoses do município, o tenente Bittencourt diz que a decisão final sobre o que fazer foi dos próprios policiais. “Os policiais não têm que acatar a decisão do chefe do setor de Zoonoses, mas em virtude da agressividade dos animais, um foi sacrificado. Isso foi feito, porque se por ventura um animal atacasse uma criança, o policial que estava acompanhando a ocorrência poderia ser responsável por omissão. Inclusive, quando os donos forem identificados eles serão notificados por terem deixado os cães fugirem e pelo risco que essa ação gerou” explica.

Sobre a alegação da proprietária dos cães, em dizer que os animais eram sociáveis e que os vizinhos se indignaram com a ação dos policiais, o comandante da PM diz que “nenhum vizinho se manifestou para deixar o cachorro na casa deles até os donos chegarem, porque estavam todos correndo deles”, conta.
Tenente Bittencourt conta que esse tipo de ocorrências não é da alçada da Polícia Militar, mas que devido à falta de órgãos especializados, os militares compareceram ao local. “O correto é ter uma equipe especializada para apreender o cachorro, mas nessas ocorrências o telefone que toca é o 190. Isso não é ocorrência nossa, nós a atendemos porque não temos outra opção. Nós não somos treinados para pegar cachorro”.

Tentativas de poupar a vida do cão foram tomadas

Tenente Bittencourt diz que o animal foi sacrificado quando todas as ações para poupar a vida dele se esgotaram. “A situação chegou ao extremo, a ponto de o responsável (do setor de Zoonoses) dizer que não tinha mais o que fazer. A ação do policial é para poupar a vida. Se os donos dos animais tivessem sido localizados, como foram procurados por duas horas, o cão não teria sido morto”, finaliza.

O sargento Daniel Fernandes foi um dos dois policiais que atendeu a ocorrência no dia 29 de maio. Ele diz que o denunciante ligou para a PM relatando a agressão dos animais, que estavam soltos no bairro Jardim Bela Vista. “Quando chegamos ao local indicado, já estava o bairro todo na rua, as pessoas assustadas de dentro dos portões das casas e os ‘pit-bull’s’ correndo no bairro inteiro. Nós ficamos tentando controlar os cachorros e acionamos o Jader (Pimentel), da Zoonose, para que ele fosse capturar os cachorros. Nós ficamos aguardando, porque ele estava no outro emprego dele. Ficamos de 9h até 11h45 acompanhando esses animais, que invadiram bares e até em açougue eles entraram para poder pegar carne”, conta.

Segundo Sargento Daniel, após avaliar a situação, o representante do setor de Zoonose disse que não teria mais o que fazer. “Por volta de 11h, o Jader (Pimentel) chegou à rua José Mantina, e os cães tinham entrado em uma casa de peças e os funcionários tinham subido em cima das prateleiras para fugir dos animais. Mostramos a situação para ele (Jader), que nos disse não haver mais condições de fazer algo, porque não teria local, equipamento e nem equipe para apreender o animal, porque era um sábado” diz.

O policial avalia que o cão foi sacrificado porque estava oferecendo risco para a sociedade. “Em conversa com o Jader (Pimentel), nós dissemos que a PM não poderia fazer nada, e que o órgão competente era a Zoonose, que também não podia recolher o animal. Então, a única solução que achamos que teria que ser feita era sacrificá-los, porque o risco estava muito maior para as pessoas”.

Sargento Daniel disse que foi dado apenas um tiro em um animal. “Foi apenas um tiro. Só um cão tomou o tiro, porque o outro fugiu. Nenhum dos dois cães chegou a ser amarrado, porque não tínhamos ferramenta. O único meio de pegar o pit bull era com uma ferramenta especializada para que a gente ficasse a uma distância segura deles”.

Sobre a acusação de ter coagido uma pessoa que fotografou o momento em que o cão foi morto, Sargento Daniel disse que não fez isso, que não testemunhou o outro policial ter essa atitude e que, portanto, essa afirmação não procederia.

Polícia diz que Prefeitura não fez a parte dela

Sargento Daniel diz que a responsabilidade de recolher os animais é do Governo Municipal. “Gostaria de frisar que a Prefeitura tem que ter meios para controlar isso, porque a PM não tem que pegar pit bull e nem controlar esse animais. Em um caso como esse, nós (PM) acionamos a Prefeitura e ela não tem pessoas e nem ferramentas. Mas é a PM que acaba sendo a culpada, porque foi um policial que sacrificou o cão. A nossa parte é evitar que o mal maior aconteça, mas para que nenhum mal ocorra tem que haver interação de todos os órgãos, e não tem. A Prefeitura não cumpre com a responsabilidade dela de recolher esses animais. Nós tentamos preservar a vida deles o tempo todo, mas não foi possível”, lamenta o policial.

A reportagem entrou em contato com o responsável pelo setor de Zoonoses do município, Jader Pimentel, para esclarecer por qual motivo a vida do cão não foi preservada durante a ocorrência, mas ele disse que qualquer informação sobre o assunto seria repassada à imprensa pelo assessor de comunicação da Prefeitura, Márcio Ferreira.

Por telefone, Márcio Ferreira reforçou as informações que já haviam sido passadas pela PM. De acordo com o assessor, o chefe do setor de Zoonoses o entregou cinco vídeos que registraram a agressão dos animais, porém, o assessor não assistiu a nenhum deles, porque não conseguiu abrir os vídeos, devido ao formato que eles foram salvos.

A promotora Gislaine Testi Coleti informou ao CCO que já requereu a abertura de um inquérito, junto à Polícia Civil, para apurar o caso.

A reportagem do ‘CCO’ entrou em contato com o estabelecimento comercial que teria as imagens das agressões dos cães, mas a esposa do proprietário do comércio disse que apenas o marido dela saberia falar sobre os vídeos e que ela não teria conhecimento deles.

Por: Jornal CCO
http://www.jornalcco.com.br/index.php?basePrincipal=noticiasVisualizar&noticia=452

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Cafuné

Com um bom exemplo da natureza, desejamos boa semana a todos nossos leitores.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

No mundo: Peixe recém-descoberto está ameaçado por vazamento no Golfo

Espécie poderia desaparecer antes mesmo de sua existência ser reconhecida oficialmente.

Uma espécie de peixe descoberta há pouco tempo no Golfo do México já corre o risco de desaparecer por causa do vazamento de petróleo da BP, segundo pesquisadores da Louisiana State University (LSU), nos Estados Unidos.

Chakrabarty alerta que o vazamento de petróleo está ocorrendo no nível do habitat destes peixes, o que pode dizimar a espécie no Golfo do México.

De acordo com o biólogo, a BP e o governo pioraram a situação para as espécies que vivem no fundo do mar ao injetar imensas quantidades de químicos para dispersar a mancha de óleo.

"Apenas porque é abaixo da superfície não quer dizer que não está causando danos. Significa apenas que nós não sabemos quais são as consequências", afirmou Chakrabarty à estação de rádio pública americana NPR.

A cientista Samantha Joye, da Universidade da Geórgia, faz parte de uma equipe de pesquisadores que está mapeando uma imensa mancha de água poluída a cerca de 20 km a oeste e sudoeste do poço que está vazando.

Esta mancha teria mais de 3 km de extensão e cerca de 600 m de profundidade.

"Quanto mais perto do poço as amostras foram coletadas, maior a concentração de óleo e gás. Outros cientistas independentes encontraram diversas outras manchas, e cientistas do governo também estão fazendo essas buscas. Mas até agora, a BP diz que não pode confirmar que a (plataforma que explodiu e afundou) Deepwater Horizon está criando grandes manchas submarinas", afirmou Joye à NPR.

Apesar de não se saber ao certo em que nível da cadeia alimentar o peixe-morcego panqueca se encontra, alguns foram encontrados nos estômagos de atum e do marlim.

Chakrabarty, que pretende registrar a descoberta da espécie em agosto, diz que até lá é capaz de o peixe não existir mais.

A possibilidade da espécie desaparecer está alarmando os cientistas, que dizem ser impossível estimar os impactos do vazamento da BP em longo prazo.

Por: BBC Brasil

No Mundo: as cinco especies ameaçadas pelo vazamento de oleo nos EUA

O líquido negro e pegajoso que gruda nas asas dos pássaros é apenas uma parte do desastre ambiental causado pelo derramamento de petróleo que atinge a costa dos EUA no Golfo do México.

Segundo Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, em inglês) dos EUA, o óleo pode irritar pele, os olhos e membranas dos animais marinhos. Além disso, seus gases podem causar problemas pulmonares e, se ingerido, causa úlceras, sangramentos e irritações, além de problemas no fígado e nos rins.

Tartaruga marinha
Além de colocar ovos nas praias, agora contaminadas, elas podem se intoxicar com o óleo, afundar e morrer. Algumas espécies que vivem na região já estão ameaçadas de extinção, como a tartaruga-de-couro, a maior do mundo

Golfinho
O grupo dos cetáceos, como golfinhos, baleias, cachalotes e orcas têm a pele sensível e precisam subir à superfície para respirar. Quando fazem isso, além de se sujar de óleo, podem inalar gases tóxicos, que causam problemas pulmonares.

Atum vermelho
Já ameaçado pela pesca excessiva, o peixe – também chamado de atum azul – desovou no mês de maio, justamente durante o espalhamento do óleo, que pode matar as larvas do animal. Os adultos também estão em risco, já que o petróleo pode grudar em suas guelras (órgão respiratório dos peixes).

Pelicano-marrom
A ave é o símbolo da Luisiana, o estado mais atingido pela "maré negra". O bicho já vinha sendo ameaçado pela destruição de seu território, e agora é um dos bichos que mais sofre com o óleo, pois procria e se alimenta na costa, onde o petróleo se acumula.

Peixe-boi-marinho
O animal, que vive próximo à costa, se alimenta de vegetais, que podem estar contaminados com óleo. Além disso, a mancha pode impedir que a luz do sol penetre na água, dificultando o crescimento dessas plantas, alerta a ONG Save the Manatee Club.
 
Pelicano-marrom sujo de óleo é visto em praia da Louisiana, nos EUA. Além não conseguirem mais voar, as aves podem morrer de frio por perderem uma película de proteção que é afetada pelo óleo. Elas também podem ingerir petróleo quando tentam tirá-lo de suas penas. (Foto: Sean Gardner/Reuters)

As aves e os mamíferos ainda podem morrer de frio. "Eles perdem a capacidade de impermeabilização, pois a pele deles é recoberta por uma camada especial de gordura, e o petróleo permite que a água penetre. No caso das aves, também é perdida a capacidade de voar", explica o oceanógrafo Gilberto Fillmann, professor da Universidade Federal do Rio Grande (Furg).

De acordo com o especialista, enquanto o óleo está no alto mar ele se dilui com facilidade e os animais conseguem fugir da mancha. Quando chega à costa, porém, o petróleo começa a se acumular e os bichos não têm para onde escapar.

Recuperação

O perigo para o ambiente não cessa quando o vazamento de petróleo é contido. "Em um mangue, o óleo pode demorar dezenas de anos para sair", diz Fillmann. "Os organismos voltam a povoar a costa, mas os hidrocarbonetos [componentes do petróleo] vão sendo liberados em um nível maior do que o tolerado. Em longo prazo será afetada a capacidade reprodutiva, o sistema imunológico, os hormônios."

Para os animais que conseguirem sobreviver ao desastre, existe chance de recuperação. Segundo o oceanógrafo, o petróleo pode ser expelido do corpo ao longo do tempo, já que seus componentes são orgânicos e os bichos têm mecanismos para expulsá-los.

"O óleo não se acumula na cadeia alimentar. É diferente do que acontece com o DDT e alguns metais", conta.

Por: G1

Conscientização desde cedo

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Maceió, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), iniciou nesta semana as atividades do Núcleo de Educação e Saúde, com objetivo de levar orientações sobre as zoonoses (doenças transmitidas entre animais e o homem), guarda responsável e esterilização de animais aos estudantes de escolas públicas e privadas de Maceió.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Educação e Saúde, Zildene Lemos, as visitas serão realizadas de forma constante e deverão atingir escolas de todas as áreas da capital. A primeira escola visitada é a Alfredo Gaspar de Mendonça, no conjunto Eustáquio Gomes, onde a equipe realizará as atividades até a próxima segunda-feira (21).

Durante as visitas, as equipes do CCZ avaliam a possibilidade de as escolas desenvolverem projetos para trabalhar o tema, a exemplo de uma feira de conhecimentos que será desenvolvida por alunos da escola Alfredo Gaspar, no segundo semestre.

"Nosso objetivo é transmitir conhecimentos sobre as doenças, as ações educativas realizadas pelo CCZ e transformar os alunos em multiplicadores de conhecimentos. Sabemos que as crianças e jovens assimilam mais rápido as orientações e são capazes de sensibilizar os pais e outros adultos”, disse Zildene Lemos.

A coordenadora afirma ainda que os trabalhos educativos nas escolas são importantes, também, para que a população conheça o trabalho realizado pelo órgão e passe a vê-lo como parceiro no atendimento aos anseios das comunidades.

Por: ANDA
Fonte:aquiacontece.com.br

quinta-feira, 17 de junho de 2010

No Brasil: Comissão modifica projeto sobre controle de natalidade de cães e gatos de rua

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta quarta-feira (16) emenda do senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS) ao projeto (PLC 04/05) que institui a política nacional de controle de natalidade para cães e gastos, especialmente os animais de rua. O projeto original, já aprovado pelos deputados, estabelece que o controle se fará pela “esterilização cirúrgica” (castração), e a emenda de Zambiasi exclui a palavra “cirúrgica”. Para ele, já existem métodos mais eficazes e sem sofrimento para os animais, como a castração química e, mantida a palavra na lei, os municípios acabariam adotando apenas a castração cirúrgica.

O projeto já havia passado pelas comissões do Senado e foi enviado ao Plenário. Lá, Zambiasi apresentou sua emenda, que já foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e, agora, pela CAE, onde o assunto foi relatado favoravelmente pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) também terá de se manifestar sobre a emenda, antes da nova votação pelo Plenário.

O projeto original foi apresentado em 2005 pelo deputado Affonso Camargo (PSDB-PR) com a finalidade de acabar com a prática dos municípios de sacrificar os cães e gatos apreendidos pelas conhecidas “carrocinhas”. Para ele, esse método vem sendo abandonado no mundo, substituído pela esterilização dos animais, o que evita sua proliferação, com as doenças que cães e gastos de rua costumam carregar. No entendimento de Camargo, a política nacional de controle da natalidade, inclusive com campanhas educativas, reduzirá automaticamente o número de animais de rua.

Por: ANDA

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Cléo, a fêmea sobrevivente

Esta é a pitt bull sobrevivente do caso denunciado em nosso blog. Graças a Deus ela está passando bem e em seu lar, junto aos seus donos.

Rose mostra o caroço onde está alojada a bala

A ONG justifica sua contrariedade em relação a esta denuncia, principalmente, porque o cão foi amarrado com uma corda e executado em seguida. Houve instrumento para rendê-los, logo, entendemos que o risco de um ataque à sociedade (se ele realmente existiu) foi totalmente anulado.

 
A cicatriz no pescoço onde foi atingida

A família

Cléo recepciona a Presidente da ONG, Marilene

Finalizamos em parte este assunto até que tenhamos noticias pelos donos dos animais do resultado obtido na justiça.

Duas fêmeas ganham um lar

Graças ao nosso empenho e dedicação encontramos um lar para duas fêmeas do nosso post de 08/06. Os animais foram vacinados e vermifurgados pela proprietária Mayra.

Esperamos achar sempre um bom coração para acolher mais animais sem lar. Esperamos por você que ainda não adotou um.

Entre em contato conosco.
 

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Caso do cão Bred está nas mãos da promotoria

Rose, a dona do Pitt Bull quer fazer justiça, mas a delegacia continua negando a emissão do Boletim de ocorrência. Rose disse ainda que o escrivão informou que já havia um inquérito contra os policiais e o veterinário. Segundo o advogado que está acompanhando o caso, o B.O não pode ser negado, é considerado delito de precaricação, conforme art. 319 do código Penal.

No final da tarde de hoje Rose conseguiu contato com a promotora de justiça de Arcos, e comunicou a falta de atenção dos funcionários da delegacia, tal como o atendimento negado pelo delegado. A promotoria solicitou um relatório acompanhado de nomes, endereços das testemunhas e fotos, e que uma cópia fosse enviada à delegacia.

Devido à delegacia não ter encaminhado nada ao ministério Público até o momento, a promotora tomará as devidas providências.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

FOTOS DO DIA em homenagem ao cão Bred

REALMENTE MONSTROS?


E SERÁ QUE MONSTROS DEMONSTRAM TANTO AMOR?

A continuidade do caso do cão morto por policiais

Dando sequência à matéria divulgada na última quarta-feira em nosso blog postamos abaixo o relatório enviado por Rose, a dona do Pitt Bull morto por dois policiais militares.

"A policia está mentindo para justificar o motivo que matou meu Pitt Bull, BRED. Estão dizendo para a imprensa que ele atacou um cavalo, mas a mentira é tanta, que BRED tinha mêdo de cavalos.
Que a justiça seja feita, e eu não sossego enquanto eles não pagarem pelo que fizeram. Ainda vão ouvir muito meu nome aqui nesta cidade, pois só calarei quando a justiça for feita.
Meu filho de 1 ano e 6 meses, chama por Bred todos os dias e chora. Estão aproveitando que a raça dele é Pitt Bull para tentar justificar a morte cruel dele, que tanta falta faz em nosso lar.
A fêmea está esperando filhotes e é isto que nos conforta, ele nos deixará um filhotinho de seu cruzamento.
Quero que provem que ele mordeu no cavalo.
Rose."

A SAArcos divulga abaixo um texto retirado do site http://www.sosanimalmg.com.br/ para conhecimento de todos os leitores.
Todos os direitos reservados

Direito dos animais

Autoridades devem interferir em casos de maus tratos
por Roberto Dantas

Quem não já se condoeu quando teve a oportunidade de ouvir, durante o período da noite ou do dia, o cão de “estimação” do seu vizinho uivando ou latindo em clara expressão de solidão, dor, angústia e desespero?

Os casos e as insensibilidades se multiplicam e a autoridade policial, ao ser acionada, não se envolve, dando pouca importância ao fato, apesar da Constituição Federal permitir o arrombamento da casa ou do local onde esteja detido o animal, quando das hipóteses de prática flagrante de delito (Art. 5º, XI), que só poderão efetivamente ser averiguadas com a pronta e eficaz investigação.

Esta hipótese de delito, em interpretação sistemática afinada com a vontade do legislador constituinte, está esculpida no Art. 225, §1º, VII, que dispõe: “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” e que “Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder público: VII – proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade”.

Tal hipótese não pode e não deve ser relevada pela investigação do Poder Público, tão somente por se tratarem de cães. Esse entendimento é também corroborado pelas disposições legais ordinárias, tal qual o Art. 32, da Lei 9.605, de 12.02.98 (Crimes ambientais), que prescreve: “Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos: pena – detenção, de três meses a um ano, e multa”, e o Art. 3º, do Decreto 24.645, de 10.07.34, que regra: “Consideram-se maus tratos: I – praticar ato de abuso ou crueldade em qualquer animal; II – manter animais em lugares anti-higiênicos ou que lhes impeçam a respiração, o movimento ou o descanso, ou os privem de ar ou luz”.

Quando donos de cães agem irresponsavelmente, deixando-os acorrentados ou aprisionados em locais que lhes provocam desconforto, estado de angústia, dores, risco de vida, falta de água, em espaços que possam se caracterizar como inadequados, sem movimentos físicos, em contato com os próprios dejetos ou com calor excessivo, em convívio com insetos ou parasitas, etc. levando-os a externar o incômodo através dos latidos insistentes, como que a chamarem a atenção de quem possa livrá-los da agonia, evidenciam-se os maus tratos e prática de ato de abuso e crueldade, fazendo incidir nestes exemplos os regramentos legais.

Além dos próprios animais, saliente-se que a vizinhança sofre as conseqüências da irresponsabilidade de donos de cães, que aprisionam os animais ou mesmo da maldade que se revela nesses atos criminosos, testemunhando o sofrimento deles. Animal não é coisa, contrariamente ao que muitos pensam. Animal sente dor, tem percepção, sente medo, somente não expressa através da linguagem do homo; são genericamente exemplares na lealdade para com quem os cria com amor, dando inclusive a sua própria vida para salvar a de seus donos.

Ter um cão sob sua guarda requer cuidados, amor, compaixão e, em especial, responsabilidade na criação. Além de vacinar, vermifugar, alimentar e dar água é preciso ter a consciência de que eles precisam de um mínimo de dignidade para viver.

Hoje, repita-se, a legislação ambiental, a partir da Constituição Federal, reconhece direito de proteção à fauna, a não extinção das espécies e a impossibilidade de atos de crueldade para com os animais.

Mas, a insensibilidade no cumprimento do dever legal, fruto da omissão do Poder Público, em todas as suas esferas, em especial a municipal -- que não promove campanhas educativas em larga escala, com seus agentes visitando escolas, centros comunitários e recreativos etc., mas sendo, ele próprio, o primeiro a descumprir a Constituição praticando a matança indiscriminada dos animais (notadamente cães) em Centros de Controle de Zoonoses, quando cães não são reclamados em exíguo prazo de três dias e tão somente há suspeita de estarem contaminados com a raiva, em detrimento de posturas outras mais corretas do ponto de vista da legislação ambiental --, tem permitido que atos de toda ordem cruéis e abusivos sejam perpetrados em animais domésticos.

A rigor, a campanha de conscientização deveria ter como primeiros destinatários os executores das atuais políticas públicas de controle de zoonoses de forma a que prefeitos, secretários de Saúde dos municípios, bem como os agentes públicos que trabalham nessa secretarias, em especial nos Centros de Controle de Zoonoses, fossem multiplicadores incansáveis e exemplares da conscientização da criação responsável de cães, e não temidos agentes exterminadores.

Com a política pública que atualmente está sendo praticada, de extermínio de cães nos centros de zoonoses, demonstrado está que o Poder Público ainda não detém a mínima sensibilidade para gerir a área do meio ambiente e que a eutanásia, com a morte dos animais capturados, não é e não está sendo eficaz, pois se repete a prática ao longo dos anos sem que haja diminuição, erradicação ou eficaz controle das doenças. Se a própria Administração Pública não dá o exemplo, não se pode esperar que os administrados, que quando não ignoram completamente, pouco conhecimento têm das normas constitucionais, possam cumpri-las.

É, aliás, exatamente pelo fato da não adoção de posturas gerenciais dos interesses públicos, mais consentâneas com métodos humanos e eficazes, que o Ministério Público estadual, por seu promotor, Dr. Luciano Santana, já ajuizou, desde 30/05/2001, uma ação criminal pública incondicionada contra a secretária de Saúde Aldely Rocha, Processo n. 1495-8/2001, que tramita no Juizado Especial Criminal de Salvador, e outra Ação Civil Pública, também contra a secretária, que está em curso na 5ª. Vara da Fazenda Pública.

Para os casos de proprietários que deixam seus cães acorrentados sob chuva e frio, ou sob sol intenso, ou, ainda, em locais onde não há luz e ar suficiente, provocando-lhes dores e angústia, é plausível invocar o dispositivo constitucional que prevê exceções ao princípio da inviolabilidade do lar, “salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro...” (Art. 5º, XI, CF).

O socorro a que se refere o dispositivo constitucional não pode se restringir, numa visão estreita, ao homem, mas deve ser entendido, também, para os animais, quer sejam domésticos ou silvestres, que se achem em estado de perigo de vida e sofrimento, sentindo dores e externando-as, no caso do cão, com a “queixa” desta espécie (que é o latido insistente). Quando o animal chega a exteriorizar o sentimento da dor, é porque efetivamente a está experimentando, já que não tem a capacidade de simulação, própria do homem, a não ser que seja treinado para isso, hipótese excepcional.

Desse modo, conclui-se que, diante de tais casos, e diante da total impossibilidade de comunicação com o proprietário da unidade imóvel a tempo de poupar o animal do sofrimento, não somente pode, como deve ser cumprido o dispositivo da Constituição referido, para abrir a porta do local da casa em que estiver o animal demonstrando sofrimento, tendo, nesse caso, que se adotar providências acautelatórias a exemplo de: abrir a porta com um chaveiro para depois ter condições de fechar; fazê-lo na presença de três testemunhas, se for unidade condominial na presença do administrador ou síndico; lavrar um termo, no local, retratando as condições em que se encontravam o animal, e se possível fotografar; no caso de evidente necessidade, conduzi-lo a alguma clínica veterinária que ateste o estado de saúde do animal e, se possível, a causa do sofrimento impingido; comunicar à Associação Brasileira Protetora dos Animais, à circunscrição policial por escrito, evitando-se assim a configuração da violação a que se refere o Art. 150, do Cód. Penal Brasileiro, mediante protocolo e, em caso de recusa em receber, remeter ao delegado titular por “AR”, para, finalmente, dar conhecimento ao Ministério Público.

O que não pode permitir-se o cidadão é a omissão, é a insensibilidade, é compactuar com práticas inumanas, cruéis e com a propriedade irresponsável dos animais. O animal não escolhe o dono e sim o dono é que escolhe o animal, sendo assim, é legalmente responsável pelo bem estar, pela saúde, por evitar qualquer dano a outrem, dentro das posturas legais.

Revista Consultor Jurídico, 5 de julho de 2004

Sobre o autor:
Roberto Dantas: é advogado, assessor jurídico da Associação Brasileira Protetora dos Animais - seção Bahia e técnico do Tribunal de Contas da Bahia.
 
Provavelmente o caso terá andamento através de instituições da cidade de Belo Horizonte.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Errata DENUNCIA: crime contra animais em Arcos postado em 09/06

Havia sido informado pelos presentes o nome de um dos policiais erroneamente. O texto já foi corrigido. Pedimos desculpas pelos transtornos causados  e salientamos que todas as informações sobre este caso foram enviadas através dos relatorios postados na integra neste Blog, sendo os proprietários dos cães os responsaveis por estes relatos. Estamos orientando-os sobre como e onde devem procurar apoio e justiça.
A ONG está acompanhando o caso e espera que seja resolvido da melhor maneira possivel.
Atenciosamente,
A Presidência.

Respeito pela VIDA

Assim como respeitamos os seres humanos, cada um com seu modo de pensar, agir, enfim,com seu modo de se manifestar, também devemos respeitar outras formas de VIDA.

Cada ser tem sua maneira de agir, dependendo do que vem à frente dela. O ser humano age e sabe se defender conforme a situação. O animal sente pelo cheiro o que está para acontecer em sua volta.

Somente quando os seres ditos humanos mudarem seu modo de agir perante os seres indefesos, o mundo será melhor. Enquanto estivermos agindo da maneira errada, cometendo crimes contra o meio-ambiente, animais, dando maus exemplos às crianças que presenciam cenas de crueldade, a contaminação continuará se alastrando pelo mundo, pois o que se vê hoje é CRUELDADE e INSENSIBILIDADE do ser humano contra o planeta.

Se aprendermos a dar valor a um animal, respeitá-los e ensinar às nossas crianças o valor destas criaturas em nosso lar, teremos um povo feliz, sensivel e caridoso. O BEM prevalecerá no nosso meio e teremos um mundo em EQUILIBRIO e HARMONIOSO.

As autoridades devem dar mais prioridade às causas animais e não pensar somente nos seres humanos. Todas as formas de vida defendidas com a mesma intensidade.

A VIDA NÃO FOI DADA SOMENTE AO HOMEM, FOI DADA AO PLANETA. RESPEITE-A.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

DENUNCIA: Crime contra animais em Arcos

Recebemos a visita de Robson manifestando sua tristeza com a morte de seu cão, um macho da raça Pitt Bull, e com a fuga de uma fêmea ferida, da mesma raça.

Segundo ele dois policiais atiraram nos cães com a ordem do veterinário da prefeitura. Ainda segundo seu testemunho o casal de Pitt Bulls era dócil e sem qualquer passagem de agressões a pessoas ou outros animais.

Abaixo o relatório encaminhado à SAArcos:

"Sábado dia 29-05-2010
Eu, Robson, estava trabalhando, e já havia marcado com minha irmã e meu cunhado um encontro para depois do expediente. Porém, às 17:15 meu celular toca, era minha mãe dizendo para eu ir embora logo porque policiais haviam matado meu cachorro " BRED ". Foi quando o chão desabou para mim, fiquei sem reação e meu dia acabou. Fui embora arrasado para ver o que havia acontecido realmente, mas infelizmente era tudo verdade! Procurei saber porque os policias haviam feito aquilo.

Os vizinhos disseram que meus cachorros haviam fugido e que alguém tinha apavorado na rua e ligou para a policia, que por sua vez foram até o local, acompanhados por Jader Pimentel da zoonoses, que segundo os vizinhos me disseram, foi quem mandou matar os cães. O motivo: "não tinha nada o que fazer com eles". Os dois policias militares atiraram e somente o macho morreu. Ele foi preso numa corda e amarrado numa lixeira, e executado ali mesmo, com três tiros, um no pescoço, outro na cabeça, e ainda resistindo, na tentativa de sair dali, deram o tiro fatal, dentro de um dos olhos dele. Jader Pimentel disse então: "Agora chega, já está bom, agora ele morreu!"

Os vizinhos viram a cena de crueldade, que foi feita perante crianças e adultos. Tudo isto aconteceu na calçada. Não aguentei o que aconteceu e fui até a delegacia tentar entender aquilo tudo, e um dos policiais estava lá. Perguntei porque ele não prendeu o cachorro ou o levou até minha casa e ele respondeu que na hora ninguém sabia quem era o dono dos cães. Mentira! Todos daquela rua sabiam quem era o dono. 

Meu cachorro foi criado desde novinho, eu o amava, agora ele está morto e meu filho de 1 ano e meio chama por ele o tempo todo. Minha unica resposta é "o Bred saiu, filho". A fêmea, está esperando filhotes e levou um tiro de frente, mas não morreu. Ela está com a bala alojada no pescoço. Ela se salvou porque conseguiu fugir.Eu só fui encontrá-la uma semana depois, no sábado dia 05-06-2010. Ela estava presa na casa de um rapaz. Tive trabalho para pegá-la, o rapaz não queria entregá-la. 

Em meio a este acontecimento procurei os militares, mas não resolveu, pelo contrário, tentaram me colocar medo. Eu vi que não iria conseguir nada com eles e procurei a policia civil. Me disseram que ambas as partes não podem fazer boletim de ocorrência um contra o outro e que eu deveria procurar a promotora. Mas todos na cidade sabem que ela também é contra a criação da raça Pitt Bull. Porém os meus cachorros eram dóceis, nunca fizeram mal a ninguém e inclusive o que morreu era adestrado.

Para mim é dificil porque vim para esta cidade para trabalhar, pescar, ir para os rios, e agora para mim o que vier é lucro, tanto faz eu ficar aqui ou ir embora para outro lugar. Estou decepcionado. As pessoas de Arcos tem medo da policia, porque eles são agressivos, agem como se fossem donos da cidade. Claro que não são todos, mas como diz o ditado: uma laranja podre estraga uma caixa inteira. 

Até agora não sei como meus cães escaparam para a rua, minha casa é murada e tem grade na frente. O meu cachorro era bravo com estranhos entrando em casa, mas quando eram amigos ou pessoas da familia eles não estranhavam. Eles obedeciam, eram treinados. 

Foram tiradas fotos do crime. Os policiais fizeram as pessoas apagarem, mas algumas conseguiram salvar as fotos. Eu tenho as provas que preciso, agora quero justiça.

Um dos policiais que fizeram esta crueldade se chama Daniel, porém o segundo não foi confirmado pelas pessoas presentes. O veterinário se chama Jader Pimentel.

Robson."

 "Chegará o dia em que o Homem conhecerá o intimo dos animais. Neste dia, um crime cometido contra um animal será considerado um crime contra a Humanidade" Leonardo da Vinci

terça-feira, 8 de junho de 2010

o abandono continua pelas ruas de Arcos


As leis não estão sendo cumpridas em nossa cidade e as pessoas continuam abandonando animais pelas ruas durante as noites.

Os filhotes das fotos abaixo foram encontrados no último fim de semana, durante uma madrugada fria.

Graças aos protetores dos animais eles foram acolhidos, porém temporariamente. Mas e se eles ficassem ao relento longe das vistas destes protetores? Sentiriam frio? Ficariam doentes? Morreriam?

Fazemos mais um apelo à sociedade:
NÃO ABANDONEM SEUS ANIMAIS, DOE A ALGUÉM QUE CUIDE E AME!

Quem quiser adotá-los ou apadrinhá-los entre em contato conosco urgente! Não temos espaço para mantê-los abrigados!

(37)  8812-1382