Arcos, MG - Brasil

"Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante" (Albert Schweitzer)
"Eu sou a favor dos direitos animais bem como dos direitos humanos. Essa é a proposta de um ser humano integral". (Abraham Lincoln)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Por que e como adotar um cão

“Por que adotar um cão?” é o tipo da pergunta que equivale a por que torcer para este time, ouvir aquela cantora, namorar esta pessoa, adorar aquele tipo de pizza... Como cantava Elvis Presley, “algumas coisas têm que acontecer”. Esta resposta é até boa – mas há outras que satisfazem aqueles para quem “‘porque sim’ não é resposta”. O próprio cão pode ser uma das muitas e boas respostas que veremos a seguir. (Sim, veremos também como adotar o cão).

Ajude um cão e ele te ajudará
Há quatro maneiras de adotar. Uma é resgatando-o abandonado das ruas, outras duas são adquirindo em feiras e abrigos ou lojas de animais (nestas o bicho é de raça pura com pedigree e tudo), e a quarta é ganhando o cão de presente pelos mais variados motivos de força maior, do filho que se mudou para uma casa menor, da tia que faleceu, do vizinho que precisou mudar de cidade...

Um bom motivo para se adotar um “sem-teto” mais peludo que Tony Ramos é realmente muito bom, não só para o próprio cão em questão, mas também para outro cão – e também para quem adota. Explicaremos.

Ao adquirir um cão de um abrigo, estaremos abrindo uma vaga no abrigo para outro cão necessitado. Afinal, a expectativa de vida de um cão sem-teto, abandonado na rua – sujeito a intempéries, acidentes e até sacrifício, caso recolhido por um centro de controle de zoonoses e não adotado após certo prazo – é de até três anos, bem menos que os até 20 que um cão pode viver em nossa boa companhia. E companhia canina pode fazer bem mental e até físico para os humanos, tornando-os mais calmos e menos suscetíveis a doenças como asma e alergias, conforme já lembramos na matéria “Está comprovado: cão faz bem ao dono”

Nem é preciso falar no prazer em ter alguém nos recepcionando alegremente ao voltarmos de um dia de trabalho puxado, com quem possamos “conversar” e que nos ajude a resolver boa parte dos problemas simplesmente por nos dar “atenção”. Nem tampouco precisamos lembrar os cães que “trabalham” como guias de deficientes visuais ou guardas-noturnos e mesmo diuturnos. E nota-se que também ter um peludo em casa é bom para quem tem crianças. Além de os cães serem grandes companheiros, eles se tornam “filhos” de nossos filhos, perfeitos para dar a estes as primeiras noções de responsabilidade – isso mesmo, posse responsável não tem idade.

Além de não ter idade, posse responsável não admite “racismo”: vira-latas, mestiços e “genéricos” têm tanto direito a vida e conforto quanto puro-sangues – e saem mais baratos na aquisição em abrigos e nos cuidados com a saúde e conforto, detalhe importante para quem tem mais amor para dar que dinheiro para gastar.

...e como adotar
É claro que, como eu mesmo já cantei, amor não dá nem pede explicação. Não será improvável nem incomum que moradores de quitinetes decidam não haver espaço para um inquilino peludo maior que um poodle e acabem trazendo um quase-dálmata de 20 quilos que os seduziu com aquele olhar pidão. O que não significa que haja falta de opções nos abrigos. Nestes se pode examinar os cães disponíveis quanto a seu estado de saúde (inclusive se ele está vacinado e castrado – procedimentos, aliás, mandatórios para bichos colocados à disposição em abrigos) e seu tamanho, personalidade e idade. (Sim, caninos vovôs e vovós, tiozinhos e tiazinhas, também são bem-vindos, sendo recomendados para donos humanos muito idosos, por terem o mesmo nível de atividade.)

Ah, sim: não se esqueça de ter à mão coleira e transporte (refiro-me especificamente àquelas maletas especiais para levar bichos) para trazer seu novo companheiro, nem de reservar espaço para ele dormir, brincar e tudo o mais. E vou admitir que você está absolutamente seguro de ter espaço e disposição para conviver com um peludo, e nem pensa em simplesmente delegar a outros as responsabilidades de levar a passeio, comprar ração, limpar cocô, varrer pêlo e tudo o mais. Afinal, tudo na vida exige dedicação, inclusive prazeres como criar filhos humanos, tocar guitarra, cultivar jardim ou colecionar LPs – enfim, coisas que “têm que acontecer” e são tão prazerosas e proveitosas quanto adotar um cão.

Por: Ayrton Mugnaini Jr., Yahoo! Brasil - Vida de cão

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